Segundo James Tripp, hipnose é “o uso da linguagem para gerar uma nova realidade”. O professor Lucas Naves em seu livro Hipnose Clínica, convoca a uma reflexão: toda Hipnose é uma auto-hipnose? Sim, entrar em estado hipnótico necessita, acima de tudo que você queira entrar nesse estado.
Algumas pessoas são mais hipnotizáveis, pois elas se permitem relaxar e entrar nesse estado. O estado hipnótico é aquele parecido quando acordamos, mas não despertamos totalmente, ou que estamos quase a dormir, mas ainda não dormimos. Se pudéssemos localizar, seria o estado entre nosso estado de vigília (acordado, mente critica desperta) e o estado inconsciente. Na sessão de Hipnose Clínica é acessado o sub-consciente, neste estado a mente continua ativa, criticando e pensando, todavia mais relaxada.
E porque esse estado é tão estudado? No estado hipnótico a mente esta mais sugestionável e por isso existem tantos estudos na ciência da neurolinguística, no marketing de massa, na psicologia.
Assim a Hipnose Clínica se vale desse estado de maior sugestionamento da mente do atendido para utilizar ferramentas de PNL (Programação Neurolinguística) para tratar traumas, fobias, vícios, compulsões, enfim, uma gama enorme de desequilíbrios mentais que trazem muito sofrimento. Em estados mentais desequilibrados leves, como por exemplo: depressão, síndrome do pânico, crises de ansiedade: é possível o tratamento se a pessoa já esta em tratamento psiquiátrico, assim busca-se as causas gatilhos, complementando o tratamento médico convencional.
A Hipnose Clínica é para qualquer pessoa? A resposta é não, pessoas com doenças mentais graves não podem ser tratadas com a Hipnose Clinica. É necessário que a pessoa tenha um mínimo de capacidade absorção e de concentração, raciocínio linear, o que não ocorre em doenças mentais graves.
A Hipnose Clínica é uma ferramenta poderosa no setting terapêutico, não é um tratamento em si, mas um complemento com diversas aplicações, na terapia sob medida.
Fonte bibliográfica: Naves, Lucas. “Hipnose Clinica”, Editora Peresin, 2022.
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