Falando de Mediunidade
- CRIS LOPES
- 13 de fev.
- 2 min de leitura
Gosto da definição de Mediunidade como a capacidade de Mediar, estar entre dois planos ao mesmo tempo e trazer informações de um ou de outro.
Para encarar essa definição, em primeiro lugar, precisamos acreditar que existem planos outros, além do físico que conhecemos e sentimos através de nossas sensações e capacidades físicas (audição, visão, paladar, sensação, olfato).
Segundo autores espíritas, como Allan Kardec e Francisco Cândido Xavier, de uma forma ou de outra todos temos mediunidade, e ela se manifesta em várias fases de nossa vida e fazem parte da história familiar. Sempre tem um tio, uma tia, uma avô, uma avó, ou mesmo, pais e irmãos que tem mais sensibilidade e várias histórias para contar.
O Brasil, pelo alto índice de miscigenação é um país de muitas crenças, e aberto as esses assuntos e a mediunidade, muitas vezes, é assunto nas reuniões de família. E devido a essa abertura, temos figuras notórias conhecidas por sua mediunidade ostensiva: Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, Zé Arigó, entre outros, com feitos notáveis e da mesma forma alienados por essa mesma mediunidade.

Quero falar da mediunidade, sem falar de religião, e sim, como uma capacidade inata, mas negligenciada do ser humano. Tendo como base de raciocínio que todos somos médiuns, mas não conhecemos esse nosso lado, pois não somos incentivados a enxergar essa face de nosso Ser.
Penso que qualquer pessoa que consiga permanecer no presente, no aqui e agora, de forma tranquila e ao mesmo tempo atento e focado, consegue perceber além dos seus 5 sentidos. Na Índia, onde a prática de meditação é incentivada desde cedo, muitos homens e mulheres, ditos santos, são conhecidos e procurados pelos seus dons na comunidade em que vive.
Mas quero ir além, claro que há condições sublimes e milagrosas, mas há também, um lugar onde qualquer um pode ir, apenas prestando atenção e estando no momento presente. Podem ser arrepios, sensações no corpo, carregadas de paz e maravilhamentos; lembranças, conexões com parentes falecidos, uma intuição aflorada do caminho a seguir ou solução para um problema do dia a dia.
Despertar essa sentido mais amplo, talvez seja a forma de nos diferenciar da AI que esta em pleno vapor, e é inevitável que assuma um lugar importante em nosso dia-a-dia como hoje são os celulares, internet e redes sociais. Quem será o homem do futuro, que não precisará pensar mais, nem fazer trabalhos manuais, pois terão robôs para os serviços pesados e a AI para pensar por nós?
Será que o próximo passo do Ser humano é preocupar-se menos com suas dificuldades do dia-a-dia físico para ir além, para dentro, conhecer facetas de seu cérebro e de sua mente que até agora estão escondidas por um véu de cientificismo exagerado e apego aos 5 sentidos. Os mesmos que estão adoecendo jovens e crianças, pois não fazem sentido nenhum para seu Eu interno, desesperado para transparecer sem ser julgado ou criticado pelas redes sociais?
Penso que falar da Mediunidade, seja um ponto de partida para conhecermos melhor a nos mesmos e entender que existe um rede wi-fi, onde todos estamos conectados e por uma rede bluetooth interna, onde existe mais recursos para uma vida saudável e feliz como menos apegos a imagem do corpo e mais sentidos para serem descobertos.
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